quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os céus choram comigo esta noite.
Sinto frio, vazio.
Sinto-me rastejar.
Tremo...
E calor não há,
senão o da solidão que me abraça.
Multiplico-me em pensamentos, desejos,
Amor e angústia.
Vivendo de sonhos, eu morro.
E morro a cada vez que me escapas.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Falling asleep
I hear a bird sing
As pieces of time
Bring pictures to my mind
The song fills my ears
While the flashes let me blind

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Chove no inferno
E estou cinza
Como a manhã de uma chuva fantasma

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Afluentes

Os afluentes deságuam no rio do tempo. Suas moléculas se agitam, mudam de lugar a cada segundo. Levam suas águas a lugares antes desconhecidos.
Às vezes o tempo é curto. Às vezes a água corre devagar.
O mergulho pode ser profundo... O choque. A busca por ar.
As luzes atraem... ofuscam... encantam... confundem...
Guiam, enquanto me perco nelas.
Maravilhosas luzes difusas.
Nuvens e cores suspensas, suspeitas...
Pôr-do-sol. Amanhecer. Espera. Delírio.
E cores... cores tantas que não se pode contar.

segunda-feira, 22 de abril de 2013


Cai...
Caem as gotas da chuva
enquanto dormes
E uma sombra incandescente
vela teu sono

Finda o dia
Tua alma sussurra
enquanto teu corpo padece
Tua consciência diz
“Calma”

Água
Fogo
Completando-se
Consumindo-se
Renovando-se
Esgotando-se
para enfim preencher

A roda está em movimento

O que farias
com o mundo nas mãos?

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Shadows and Angels

I see shadows, my love.
Good and bad
Light and heavy
Dark...
And a good kind of dark.
And this one I want more.
I want the shadows to make us invisible
Cause you're the only one who sees me.
And I want you so badly
Like I never did

Angels, come.
Take us far away
To where the birds can sing
And the shadows are those of the sun
And candles at night
We can visit another time
And other worlds
In the books that we'll share
Dream and reality
Daydream, fantasy
Um dos meus escritores preferidos me respondeu no Twitter:


Markus Zusak: autor de A Menina Que Roubava Livros (original: The Book Thief) e Eu sou o mensageiro (I am the Messenger)
 

domingo, 18 de novembro de 2012

O texto sobre o texto ficou maior que o próprio texto.

Moment


I wonder what... I wonder so many things. I wonder what all this really means. I wonder what I mean… to you. I need to know what is really happening. If it happens the same to you.
I want to stop the time. To prolong it. To preserve the moment. Not only in my memory.
I’m happy and sad at the same time. Happy to see you. Sad for not being by your side. And I’m so confuse. I thought I was confuse, but never like this.
You free me. You bind me. It’s fascinating, and despairing.
I want to get closer. Hold me, I’m falling. I want to fall and yet be in your arms. I want to fly. With you.

Alternative Version

P.s.: Esse é o "texto problemático" que eu já deveria ter postado.

domingo, 4 de novembro de 2012

Ontem eu acordei querendo ouvir Nicest Thing, hoje foi Never Let Me Go. Hm. Desse jeito quero ver o que vai ser amanhã.

sábado, 3 de novembro de 2012

Ultimamente eu tenho tido raiva do meu celular tocando músicas no aleatório. Tem 612 músicas e ele insiste em repetir algumas. Mas hoje ele foi um lindo. Eu estava com vontade de ouvir Nicest Thing, da Kate Nash, e depois tocou:
Chanson Triste - Carla Bruni
What The Water Gave Me - Florence + The Machine
Bagatelle - Yann Tiersen
Blinding - Florence + The Machine
Revenge - 30 Seconds to Mars
Hurricane - 30 Seconds to Mars
Rain on your parade - Duffy
Early Winter - Gwen Stefani
Leave out all the rest - Linkin Park
L'homme aux bras ballants - Yann Tiersen
I see dead people in boats - Hans Zimmer (Trilha sonora de "Piratas do Caribe: No fim do mundo")

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Escrever é libertador, mas pode ser perigoso também. Não só quando o leitor confunde eu-lírico com autor.

Sempre fui uma pessoa discreta, e também já fui mais tímida. Muitas vezes me senti invisível. Agora, no entanto, sinto-me transparente. Será possível que seja tão óbvio?

So close and so far

My eyes meet your eyes
Our hands hold each other sometimes
And although I like the way you speak
Why are our mouths so far from each other?
Why can't our lips also meet?
To post or not to post. That is the question.

domingo, 28 de outubro de 2012

Longa Estrada


Sonhei com essa estrada umas três ou quatro vezes.  Nem sempre eu via as mesmas coisas, mas sabia que é a mesma, ela é muito longa, levam-se horas para chegar ao fim. Das primeiras vezes eusó pensei “De novo essa estrada? Por que será?”.E não pensava no que poderia significar.
É uma espécie de trilha, e a paisagem é linda, muitas árvores, vez ou outra um riacho, e pedras. Na estrada, declives, inclinações, passagens traiçoeiras, vários lugares fáceis de escorregar e cair; obstáculos, muitas curvas. Era uma estrada que levava para cima, devagar e difícil de subir – poucas pessoas se aventuravam–, e quanto mais alto, mais fácil era tropeçar e cair.
Mesmo sendo um sonho, eu não sei como não me cansei. Eu não vi o tempo passar, mas sei que foram horas. E eu não me lembro de ter passado por dificuldades. Era preciso manter o equilíbrio durante todo o percurso, e eu mantive.
Quando se chegava ao topo, a paisagem era maravilhosa. O espaço no ponto mais alto era pequeno (facílimo de alguém se jogar/cair dali e morrer), mas a vista era enorme, diferente de poucos metros atrás, onde é mais baixo.E é triste quando uma pessoa chega perto do fim e percebe que falta pouco, e não tem mais para onde ir, e que terá de voltar de qualquer maneira. Então, morto de cansaço, não dá aqueles últimos passos, mas simplesmente vira as costas e volta, pensando que o passeio não valeu a pena. Deixou o melhor para trás, não sabe o que perdeu. Eu estive lá, e aproveitei a paz que ali reina.

P.s.: Esse sonho é do ano passado, mas eu não tinha escrito como gostaria.


sábado, 27 de outubro de 2012

Why do you hate me this much?
It’s not my fault.
I never asked for this – I couldn’t ask anything.
But I am here, can’t you just deal with it?
Yes, I’m still here. I don’t want to, but I am. It’s not so easy.
I try to help but you never listen to me.
You treat me like I was nothing.
I don’t need you for anything.
I don’t need you to make me worse. To make feel a victim, or a monster.
I’m always better when I’m without you.
Nothing hurts me more than you do.
I’m tired.
I’m so, so tired.
I’m only wasting my time, my life with you.
I don’t even want to say with you. We’re not together. And it’s been a long time.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sou meu desconhecido


É verdade que quase não conhecemos as pessoas. Aliás, nos conhecemos muito pouco. Como já disse Clarice Lispector, “Sou meu desconhecido” – e se ela disse, quem sou eu para discordar. Nós nos descobrimos e redescobrimos ao longo da vida. Mas até que ponto uma pessoa se reconhece?
Qualquer um pode se identificar com um texto, um personagem, um autor. Pensar “oh, meu Deus, achei que eu fosse o único que pensasse assim”.  Ou que aquilo que está lendo se encaixa perfeitamente com algum momento de sua vida.
Mas, e quando alguém que você conhece escreve algo sobre você (sem dizer seu nome), você seria capaz de reconhecer? Se for algo que você vivenciou com a pessoa, algo que você disse ou fez, provavelmente sim, correto? Mas e quando não é tão óbvio? Você seria capaz de identificar se aquilo é ou não para você, ou nem sequer pensaria nisso?
Digo isso não só porque escrevo (felizmente, minhas inspirações não são todas de carne e osso), mas também porque, surpreendentemente, já escreveram sobre mim. Eu nunca pensei que alguém pudesse me descrever como “delicada como a rosa, misteriosa como o vento”. Pois é, eu não me reconheci. Mas adorei, foi meu momento musa (não me leve a mal). Se eu tivesse apenas lido em algum lugar, jamais pensaria “eu sou assim”, “isso é pra mim”. Eu provavelmente pensaria “como eu gostaria de ser assim”, porque eu não me vejo dessa forma (bem, não exatamente), e não pensei que alguém pudesse me ver assim.
Curiosamente, isso se encaixa perfeitamente com a imagem que eu tinha de uma amiga minha (nós já éramos amigas ou eu queria ser amiga dela? Enfim...) Uma garota mais quieta do que eu e muito inteligente. Eu a via assim, embora não tivesse formado essas palavras, e não sabia que eu era assim também.
Se me dissessem “escrevi algo sobre você” ou “para você” eu ficaria no mínimo, no mínimo curiosa.No livro Marina, de Carlos Ruiz Zafón, Marina confessa a Óscar que está escrevendo sobre ele. Óscar fica completamente assustado.
- Sobre mim? O que quer dizer com escrever sobre mim?
- Quer dizer a seu respeito, não em cima de você, como se fosse uma escrivaninha.
- Até aí eu também cheguei.
Marina se divertia com aquele nervosismo repentino.
- E então? – perguntou. – Faz uma ideia tão ruim de si mesmo que não pode aceitar que valha a pena escrever a seu respeito? (p.50)
Bem, talvez ele não fizesse uma ideia tão ruim de si mesmo. Provavelmente ele só não imaginava o que ela poderia ver de bom nele. Também não duvido que ele preferisse ser feito de escrivaninha – momentaneamente, pelo menos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No Light, No Light - Florence + The Machine


"You are the hole in my head
You are the space in my bed
You are the silence in between
What I thought and what I said"

"You're my head, you're my heart"

One of my favorites